Em primeiro lugar: a jornada do colaborador são todos os pontos de contato do talento com os processos da empresa, da contratação até o último dia na companhia.
Embora a experiência de cada colaborador seja pessoal, alguns pontos em comum podem ser observados coletivamente. Portanto, cada história envolve como a pessoa ouviu falar sobre sua empresa, como foi recrutada e integrada, os motivos que lhe fizeram permanecer e como o tempo que passou na organização contribuiu para o seu desenvolvimento.
Essas semelhanças formam a base da jornada do colaborador, um modelo para entender a experiência do colaborador e aumentar o engajamento em cada etapa do percurso. Assim, buscamos integrar as equipes, promover o fit cultural, conduzir o desenvolvimento dos talentos internos e, por fim, reduzir o turnover.
Quando bem feito, um mapa de employee journey não apenas desenha a linha do tempo de toda a experiência do colaborador com sua organização, mas também fornece informações valiosas sobre processos e inspira ideias práticas.
9 Etapas da jornada do colaborador
Sabemos que cada empresa possui seus processos internos, o que torna única a jornada da pessoa colaboradora em cada companhia que passa. Entretanto, podemos desenhar em um ciclo que engloba as principais etapas:
1-) Conhecimento
Tudo começa quando a pessoa conhece a marca empregadora, seja através das mídias digitais, em eventos ou em contato com quem já teve contato ou trabalha na empresa.
2-) Interesse
Na segunda etapa, o visitante demonstra estar aberto a saber mais sobre a marca empregadora. Isso pode acontecer baixando algum e-book, participando de um evento, seguindo a marca nas redes sociais ou interagindo com o seu chatbot, por exemplo.
3-) Desejo
Neste momento, a pessoa já se encantou com os valores da marca, seus objetivos e a sua cultura organizacional. Dessa maneira, cogita a ideia de se candidatar às vagas ou indicar a marca empregadora para familiares e amigos.
4-) Aplicação
Após ser nutrido com conteúdo de qualidade e profundidade, o talento passa a ficar de olho na página de carreiras e nas oportunidades divulgadas pela empresa. Ao surgir uma vaga adequada ao seu perfil, o candidato se inscreve.
5-) Avaliação
Nesta etapa, o candidato passa a ser conduzido pelo time de Recrutamento e Seleção. Aqui, buscamos oferecer uma experiência fluida, descomplicada e confortável, pois, qualquer pessoa tem de ser ela mesma.
6-) Admissão/onboarding e a jornada do colaborador
O desafio de reter um talento começa assim que ele é contratado. Já na admissão, a ideia é proporcionar uma experiência gratificante, eficiente e acolhedora à pessoa colaboradora.
Mais do que preencher formulários, o onboarding é o momento de passar a cultura e os valores da empresa, garantir a integração com a equipe e a atenção da liderança responsável para que o talento se sinta adaptado.
Lembrando que a integração não é apenas para novos contratados. Muitas transições dentro de sua organização exigem adaptações. Quem volta da licença parental ou médica, troca de área ou até mesmo retorna à empresa após um período em outro lugar, precisa de ajuda para se atualizar e se reorientar.
7-) Desenvolvimento na jornada do colaborador
O estágio de desenvolvimento inclui tudo o que ajuda seus colaboradores a amadurecer dentro de sua organização, desde o avanço na carreira até o aprendizado de novas habilidades. Essa é a parte da jornada da pessoa colaboradora que pode levar sua organização a novos patamares.
O desenvolvimento começa com uma abordagem de aprendizado contínuo que vê cada tarefa como uma chance de melhorar uma habilidade ou descobrir algo novo. Você também deve incentivar a cultura do feedback, pesquisas de satisfação e a criação de espaços para o compartilhamento de conhecimento dentro de sua organização.
8 ) Engajamento
Ao desenvolver uma conexão emocional com a marca empregadora, o colaborador se torna um promotor da empresa. Para que isso aconteça, cabe à sua organização ganhar a confiança e provar que reconhece o empenho da pessoa colaboradora.
Eis algumas maneiras de aumentar o engajamento:
- Investir na combinação cultura organizacional + tecnologia + espaço físico
- Promover ações de integração e interação das equipes
- Reconhecer os esforços de inovação e melhoria contínua
- Fortalecer a comunicação interna
- Ofereça recompensas que aumentem a lealdade desses promotores
9-) Offboarding e a jornada do colaborador
Devemos fazer o possível para evitar o turnover. Contudo, por uma razão ou outra, algumas pessoas colaboradoras podem optar por continuar suas carreiras em outro lugar.
Acima de tudo, a saída de um talento não precisa ser uma experiência negativa. Em vez disso, veja esta etapa da jornada do colaborador como uma oportunidade de aprendizado – e uma chance de transformar seu ex-colaborador em um defensor da marca empregadora. Um conselho é aproveitar o processo de desligamento para ajudar o colaborador a dar os próximos passos de sua carreira.
A experiência do colaborador é um fator vital para a prosperidade de uma companhia
Para finalizar, trazemos uma reflexão. Na última década, os streamings mudaram o consumo de música e filmes, “criptomoeda” passou a fazer parte do vocabulário dos investidores e os apps de delivery ficaram tão populares que você talvez nem se lembre qual foi a última vez que ligou para uma pizzaria. Também foi neste período que a jornada do colaborador se tornou o centro das atenções das maiores empresas do mundo.
Da contratação ao offboarding, cada colaborador em sua organização tem uma trajetória única. Compreender as fases desta jornada – e como aprimorá-las – é uma das responsabilidades mais importantes do RH.
Identificar e analisar as etapas da jornada do colaborador faz parte de um esforço para redesenhar a experiência do público interno, criando um lugar onde as pessoas querem, não apenas precisam, trabalhar todos os dias.
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