Pare tudo o que tá fazendo e feche os olhos, agora pense na sua vida financeira. Não vale ignorar aqueles boletos que você cuidadosamente escolheu esquecer, nem fingir que a fatura do cartão não vai vencer. Tem que pensar em tudo mesmo! Depois dessa imersão, a cara que você fez tá mais próxima de qual das opções.
Se a sua reação for parecida com a primeira, não precisa ficar desesperado(a). Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 60,1% das famílias brasileiras começaram 2019 endividadas. Então, além dos companheiros de cheque especial, você ainda pode contar com as dicas que vamos te dar aqui no post. Bora enxugar as lágrimas, porque por mais longo que seja o túnel, lá no fim vai ter luz!
O primeiro passo é o mais importante
Parar de falar e começar a prestar atenção nas finanças não é nenhum Bicho de Sete Cabeças. O primeiro passo é fazer uma lista de toda a grana que entra e sai. A grana que entra é a soma dos seus rendimentos: salário, pensão, algum tipo de renda extra. A grana que sai são os gastos fixos: contas da casa, parcelas feitas no cartão de crédito, alimentação, conta de celular e por aí vai. Fique calmo, a gente sabe que os boletos parecem se multiplicar…
Se sobrar algum valor, é ele que você tem que usar pra viver o mês inteiro. Isso significa: lazer, roupas, viagens, investimentos em educação… O ideal é tirar parte desse total e fazer uma reserva de emergência.
Ter no mínimo 3 meses de despesas guardados, para não ser pego de surpresa no caso de algum imprevisto, é fundamental. Não tem nada guardado?Não precisa voltar a chorar, no fim de 2017, apenas 42% dos brasileiros tinham algum dinheiro guardado. Você não tá sozinho!
E quando a grana não é suficiente?
Se depois de reunir seus rendimentos e descontar todos os seus gastos fixos, não sobrou nada, tá na hora de cortar gastos!
Aplicativos e assinaturas: Dê uma olhadinha na fatura do seu cartão e veja quanto dinheiro vai pra pagar aplicativos de streaming de vídeos, músicas e todos os outros que a gente tanto adora. Assinaturas de revistas e jornais também não são itens de extrema importância, principalmente quando a grana tá curta.
Plano de dados: Sim, nós também amamos ter um smartphone bem rápido, mas será que não dá pra cortar um pouco do seu pacote de internet móvel?
Usa carro? Estacionamento e combustível estão cada dia mais caros, será que não dá pra deixar o carro na garagem e optar por transporte público, caminhadas ou bicicletas? Mesmo que não seja todos os dias, usar essas opções podem fazer uma grande mudança no seu orçamento mensal.
Evite comer fora! Fast Food, refeições, lanchinhos… Tudo isso, além de pouco saudável, custa caro! Sempre que puder, coma em casa. Pode ter certeza de que sua carteira vai agradecer.
O grande vilão!
O supermercado é um grande vilão, em qualquer orçamento. Por isso, a gente resolveu dar destaque especial para essa parte do plano:
Nem pense em ir ao supermercado de barriga vazia: parece piada, mas tá provado que ir ao supermercado com fome é uma cilada. As chances de gastar com besteiras são muito maiores.
Não saia de casa sem uma boa listinha: antes de ir ao supermercado, verifique os armários e liste tudo o que realmente tá faltando.
Planeje suas refeições semanalmente: desse jeito você saberá o quanto precisa comprar e evita desperdícios.
Tente novas marcas: deixe o preconceito de lado e conheça os produtos mais baratos. Em muitos casos, eles podem ser tão bons quanto os das marcas tradicionais.
Antes só do que mal acompanhado: várias pesquisas científicas mostram que gastamos mais quando estamos acompanhados. Para economizar, vá sozinho ao supermercado.
Pesquise, pense e repense!
Sabe quando o dedinho de comprar pela internet chega a tremer? Então, segure forte esse dedo, respire fundo, lembre dos boletos e não compre! Comprar por impulso é praticamente a mesma coisa de comprar sem precisar. Segundo dados divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em maio de 2018, 6 em cada 10 brasileiros fazem compras por impulso, quando têm crédito disponível.
Veja bem, ninguém quer dizer que você não merece um mimo aqui e outro ali, mas toda compra precisa ser pensada e todo produto tem de ser pesquisado. Depois de adotar este hábito, você vai se surpreender com a quantidade de variações que existem nos preços cobrados por um mesmo item, em diferentes lojas.
Quem não chora, não mama!
Se tiver a possibilidade de comprar alguma coisa a vista, não pense duas vezes. Pagando de uma vez, fica muito mais fácil pedir descontos. E nada de sentir vergonha, tentar negociar preços é um direito do consumidor.
Use e abuse das planilhas
Não dá ignorar o quão maravilhosas podem ser as planilhas de controle de gastos. São fáceis de achar e, além das que podem ser baixadas sem custo, existem aplicativos que são geniais e podem te ajudar muito na hora entender melhor pra onde vai o seu dinheiro. E não adianta dizer que é de humanas…
Mesmo assim, a grana não tá dando…
Se depois de fazer todos esses cálculos e planejamentos, a quantidade de dinheiro que entra ainda é menor do que as dívidas que já foram feitas, um empréstimo pode ser a solução. Apesar disso, é preciso ter MUITO cuidado e duas regras básicas devem ser SEMPRE respeitadas:
O valor emprestado deve ser suficiente para quitar TODAS as suas dívidas, para que você se não veja em uma bola de neve maior ainda, alguns meses depois.
O valor das parcelas deverá caber dentro do seu orçamento. Caso contrário, nada vai mudar no fim do mês…
E aí, já tá mais calmo?
Todas as nossas dicas foram expostas para te ajudar a controlar suas finanças, porém, o principal é ter em mente que o dinheiro deve ser solução e não um problema!